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Metas e compromissos públicos, bem como ações de advocacy, têm tirado do papel projetos em tecnologias de baixo carbono
Escrito por Motiva, en 29/08/2025
Plano da Coalizão apresentado pela Motiva pode viabilizar o investimento de R$ 600 bi para descarbonização do setor de transportes. Crédito: Motiva
São Paulo, 29 de agosto de 2025 – O setor de transportes exerce um papel central para alavancar a oferta e impulsionar os investimentos em tecnologias sustentáveis para promover a descarbonização da economia brasileira. Esta foi uma das conclusões do debate sobre a transição energética na Rio Climate Action Week, na capital fluminense, que contou com a participação da diretora da Sustentabilidade da Motiva, Juliana Silva. A presença no evento, que reuniu líderes globais, é um passo estratégico da Companhia rumo à COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro.
Em sua fala, Juliana destacou que uma série de empresas do setor, como a Motiva, vem assumindo compromissos públicos e metas de descarbonização em suas operações, em um processo de autorregulação. Este movimento tem ajudado a criar uma demanda no mercado por soluções de baixo carbono, tais como projetos de fontes renováveis de energia elétrica, eletrificação de frota de veículos leves e uso dos biocombustíveis.
“Os compromissos de descarbonização assumidos pelas grandes empresas já estão movimentando a economia e impulsionando os investimentos em energia limpa, eletrificação e biocombustíveis. O que precisamos agora é garantir que essas iniciativas avancem em escala, com apoio regulatório, incentivos adequados e engajamento entre o setor privado e o poder público”, diz a executiva.
Além da gerar demanda por soluções sustentáveis, a capacidade de articulação setorial para a construção e discussão de propostas com o poder público é outra frente de como as empresas podem contribuir para que a descarbonização ocorra de forma sustentável e com impacto positivo para toda a sociedade. Um dos exemplos disso é o plano da Coalizão para Descarbonização dos Transportes, que hoje em dia reúne mais de 100 organizações, entre empresas, associações e academia, em torno do tema.
“Estamos diante de uma oportunidade única de transformar o setor de transportes em uma alavanca de descarbonização no Brasil. O plano da Coalizão mostra que isso é possível, desde que haja engajamento entre empresas, governo e investidores”, destaca Juliana. A executiva participou do painel “Concretizando a Transição Energética”, que contou com a presença do chair da SB COP30, de Ricardo Mussa, e do diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Prumo, Eduardo Kantz.
R$ 600 bilhões em investimentos para descarbonização
As principais conclusões do plano da Coalizão também foram abordadas por Juliana na sua apresentação. O documento prevê até 70% de redução das emissões setoriais de CO₂ até 2050, por meio da eletrificação de frotas, uso de biocombustíveis e reequilíbrio da matriz logística nacional. No total, as oportunidades de investimento para viabilizar a transição podem superar R$ 600 bilhões, incluindo a instalação de infraestrutura de recarga e o avanço de tecnologias como hidrogênio verde.
O plano da Coalizão, lançado em Brasília em maio de 2025 em evento com a presença do embaixador e presidente da COP30, André Corrêa do Lago, mapeou os dados primários de emissões por modal, construiu um baseline setorial até 2050 e organizou as propostas em seis frentes: transporte rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo, mobilidade urbana e planejamento transversal.
A proposta é que o documento seja incorporado ao debate regulatório e político, com contribuições efetivas à agenda climática nacional. “Esse é só o primeiro passo. O grande desafio agora é implementar, monitorar e garantir que ele seja um instrumento útil para o Brasil e para o mundo, especialmente na COP30”, afirmou a executiva.
Atualmente, o trabalho tem contribuído para formulação das ações de descarbonização do setor de transportes no Plano Nacional sobre Mudança do Clima, a ser apresentado pelo governo federal na COP30. “A articulação da Coalizão mostra que soluções de impacto surgem da colaboração entre empresas, consultorias técnicas e representantes do setor”, destaca. A Coalizão é coliderado pela Motiva, pelo Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Motiva na COP30
A participação da Motiva na Rio Climate Action Week dá continuidade às ações de engajamento, que desde maio deste ano vem participando de eventos e fóruns para levar às conclusões da Coalizão para stakeholders estratégicos. Como parte destes esforços, a Companhia esteve recentemente presente na Brazil Climate Investment Week 2025, em São Paulo, e no World Climate Investment Summit, em Londres, apresentando a parceiros e investidores o plano da Coalizão. Além disso, esteve na quarta edição do TEDx Amazônia, na capital paraense, onde lançou o projeto Escolas Baseadas na Natureza, o maior programa privado de educação ambiental do País.
A presença nos eventos, bem como a liderança da Companhia para a criação da Coalizão para a Descarbonização dos Transportes, integra as iniciativas da TaskForce Motiva COP30, criada para coordenar esforços voltados à mitigação das mudanças climáticas, preservação da biodiversidade, promoção de uma economia de baixo carbono e mobilização de parceiros nesse movimento. Até novembro, a Motiva irá participar e apoiar uma série de eventos no Brasil e no exterior para divulgar as conclusões do estudo realizado pela Coalizão e suas iniciativas em sustentabilidade.
Sobre a Motiva I Maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, atua nas plataformas de Rodovias, Trilhos e Aeroportos. São 39 ativos, em 13 estados brasileiros e 16 mil colaboradores. A Companhia é responsável pela gestão e manutenção de 4.475 quilômetros de rodovias, realizando cerca de 3,6 mil atendimentos diariamente. Em Trilhos, por meio da gestão de metrôs, trens e VLT, transporta anualmente 750 milhões de passageiros. Em Aeroportos, com 17 unidades no Brasil e três no exterior, atende aproximadamente 45 milhões de clientes anualmente. Foi a primeira empresa a abrir capital no Novo Mercado da B3 e compõe há 14 anos o hall de sustentabilidade da B3.
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