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Com a nova aquisição, Companhia avança em sua estratégia de se tornar neutra em carbono nos escopos 1 e 2 até 2035

Escrito por Motiva, em 30/09/2025
Com esta nova aquisição, a Motiva projeta compensar aproximadamente 9% das emissões de escopo 1 de 2025 com os créditos gerados pela Legado das Águas (foto acima), a maior reserva privada da Mata Atlântica. Crédito: Luciano Candisani
São Paulo, 30 de setembro de 2025 – A Motiva, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, fechou acordo com a Reservas Votorantim, empresa do portfólio Votorantim dedicada ao desenvolvimento de negócios da Economia Verde, para a compra de 27 mil créditos de carbono, originados na maior reserva privada de Mata Atlântica do País, o Legado das Águas (SP). A operação reforça o compromisso da Motiva com a preservação da biodiversidade e marca mais um importante avanço em sua meta de se tornar neutra em carbono nos escopos 1 e 2 até 2035.
Os créditos, a serem registrados na primeira plataforma de registro primário de créditos de carbono do país, desenvolvida pela B3 e ACX, esta última um marketplace internacional de ativos ambientais, serão utilizados para compensar as emissões de escopo 1 da Motiva ao longo dos próximos anos. A operação envolve créditos de carbono gerados pela PSA Carbonflor, metodologia inédita de mensuração dos serviços ecossistêmicos via projeto de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Esta é a segunda operação da Motiva no mercado de crédito de carbono. No final de 2024, a Companhia havia adquirido 67 mil créditos, também do Legado das Águas, na primeira operação registrada na plataforma nacional lançada pela B3 na ocasião. Em torno de 5 mil créditos já foram aposentados pela Motiva, o que possibilitou neutralizar 8,5% das emissões de escopo 1 do ano passado. Com esta nova aquisição, a empresa projeta compensar aproximadamente 9% das emissões de escopo 1 de 2025.
“Nos dois últimos anos, temos desenvolvido uma série de ações na agenda de mitigação das emissões, com investimentos em fontes renováveis de energia e expansão do consumo de biocombustíveis. A nova operação com a Reservas Votorantim consolida esta estratégia, ao mesmo tempo em que representa mais um avanço em nossa jornada para a preservação da biodiversidade nos biomas em que estamos presentes, como a Mata Atlântica, em linha com o nosso objetivo de liderar a agenda de sustentabilidade em infraestrutura de mobilidade”, diz a diretora de Sustentabilidade, Juliana Silva.
“A Reservas Votorantim preza pela emissão de créditos de alta qualidade em todos os projetos que desenvolve. A segunda operação de venda de créditos para uma empresa como a Motiva é uma confirmação de que estamos no caminho certo, principalmente por se tratar de um projeto pioneiro para a Mata Atlântica, bioma tão rico quanto vulnerável”, afirma o CEO da Reservas Votorantim, David Canassa. Além de carbono, a empresa também atua nos segmentos de gestão de territórios, bioprospecção, restauração florestal e consultoria.
Anúncio na Climate Week NYC 2025
O anúncio oficial da transação entre a Motiva e a Reservas Votorantim ocorreu durante a Climate Week NYC 2025, realizada em Nova York até o dia 28 de setembro. Por meio da parceria com a organização World Climate Foundation (WCF), a Companhia também participou de dois painéis: “Avanços na Implementação e no Investimento para a Descarbonização do Transporte e da Mobilidade”, no dia 23, e “Florestas e o Futuro: Caminhos para soluções holísticas”, no dia 25.
Na ocasião, o vice-presidente de Inovação, Tecnologia, Risco e Sustentabilidade da Motiva, Pedro Sutter, abordou a estratégia e as ações da Companhia na preservação da biodiversidade em suas operações e apresentou as conclusões da Coalização para Descarbonização dos Transportes, uma iniciativa coliderada pela Companhia que reúne mais de 50 entidades, entre empresas, associações e academia. O trabalho identificou 90 iniciativas capazes de reduzir em 70% as emissões projetadas do setor até 2050 e atrair mais de R$ 600 bilhões de investimentos verdes para o Brasil.
A participação na Climate Week NYC dá continuidade às ações de engajamento da Motiva, que desde maio deste ano vem participando de eventos e fóruns para levar as conclusões do plano da Coalizão a stakeholders estratégicos. Como parte destes esforços, a Companhia esteve presente recentemente na Brazil Climate Investment Week 2025, em São Paulo, no World Climate Investment Summit, em Londres, e na Rio Climate Action Week.
A presença nos eventos, bem como a liderança da Companhia para a cocriação da Coalizão, integra as iniciativas da TaskForce Motiva COP30, idealizada para coordenar esforços voltados à mitigação das mudanças climáticas, preservação da biodiversidade, promoção de uma economia de baixo carbono e mobilização de parceiros.
Preservação do meio ambiente com redução das emissões
Para alcançar a meta de neutralidade carbônica nos escopos 1 e 2 até 2035, a Motiva vem ampliando o consumo de fontes renováveis de energia em seus ativos. No final do ano passado, a Companhia alcançou a meta de 100% de suas operações de rodovias, trens, metrôs, VLT e aeroportos abastecidos apenas com energia elétrica renovável, um ano antes do previsto. Isto foi possível graças a investimentos em produção própria de energia em diferentes modalidades e à migração para o mercado livre, com a assinatura de contratos associados à aquisição de certificados de energia renovável (I-RECs).
Recentemente, a Motiva se tornou sócia da Neoenergia em três usinas eólicas no Piauí, que fazem parte do Complexo Otis. A iniciativa é o primeiro projeto de autoprodução por equiparação da Companhia, e os parques estão abastecendo as operações da Mobilidade Trilhos no Estado de São Paulo, fornecendo energia limpa para as linhas 4 (ViaQuatro), 5 e 17 (ViaMobilidade), de metrô, e linhas 8 e 9 (ViaMobilidade), de trens.
Além da expansão do consumo de energia elétrica renovável, outra iniciativa para a redução das emissões é a eletrificação gradual da frota operacional em circulação nas concessões administradas pela Motiva Rodovias. A Companhia também vem apostando na inspeção de tráfego por meio de drones, o que reduz as viagens dos seus veículos e, por consequência, o consumo de combustível. Outra ação prevista é a modernização dos sistemas de climatização, com a substituição por modelos mais eficientes.
Em paralelo às ações de mitigação, a Companhia vem avançando, ao longo de 2025, na construção da sua jornada de preservação da biodiversidade. Em julho, a Motiva se tornou a primeira empresa de infraestrutura de mobilidade da América do Sul a aderir ao Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD), iniciativa global com foco no mapeamento dos riscos e oportunidades voltadas à preservação da biodiversidade.
A Companhia também assumiu o compromisso com os princípios do No Net Loss em biodiversidade. Na prática, isto significa assegurar que os impactos causados por suas operações sejam evitados, minimizados e, quando inevitáveis, compensados, gerando um saldo neutro ou positivo aos ecossistemas. A compra de créditos da Reservas Votorantim, por meio da aplicação do conceito de PSA, contribui para a conservação do bioma Mata Atlântica, onde boa parte dos ativos da Motiva estão localizados.
Sobre a Motiva I Maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, atua nas plataformas de Rodovias, Trilhos e Aeroportos. São 39 ativos, em 13 estados brasileiros e 16 mil colaboradores. A Companhia é responsável pela gestão e manutenção de 4.475 quilômetros de rodovias, realizando cerca de 3,6 mil atendimentos diariamente. Em Trilhos, por meio da gestão de metrôs, trens e VLT, transporta anualmente 750 milhões de passageiros. Em Aeroportos, com 17 unidades no Brasil e três no exterior, atende aproximadamente 45 milhões de clientes anualmente. Foi a primeira empresa a abrir capital no Novo Mercado da B3 e compõe há 14 anos o hall de sustentabilidade da B3.